Paciente de Mucajaí relata dificuldade para acessar agendamento de consulta no Coronel Mota

Um morador de Mucajaí, no estado de Roraima, trouxe à tona uma importante preocupação referente à acessibilidade dos serviços de saúde pública: a dificuldade em acessar o agendamento de uma consulta dermatológica na Policlínica Coronel Mota, localizada em Boa Vista. Este relato não apenas destaca a tensão enfrentada por cidadãos em busca de atendimento médico, mas também reflete problemas mais amplos do sistema de saúde pública que podem afetar muitos outros pacientes que dependem dele.

Esse morador de 28 anos, que sofre de alergias, relatou que passou por uma consulta no dia 3 de fevereiro de 2025. Em sua visita à unidade de saúde, ficou ciente de que podia agendar o retorno à consulta por meio de um número de WhatsApp disponibilizado para os agendamentos. Contudo, ao tentar utilizar esse recurso, ele se deparou com problemas que o impediram de obter a data desejada para o retorno.

A sensação de impotência diante de sistemas que deveriam facilitar o acesso aos serviços pode ser perturbadora. O paciente mencionou que a consulta foi agendada, mas a data do retorno não foi informada. Ele reportou ainda que, ao tentar acessar o aplicativo do SUS para visualizar a data de sua próxima consulta, encontrou uma barreira: o sistema só exibia as opções de agendamento dentro de um raio de 70 km, enquanto sua localidade em Mucajaí está além dessa distância.

Esses desafios ressaltam a frustração comum enfrentada pelos usuários do sistema de saúde, que muitas vezes se deparam com processos burocráticos e limitações tecnológicas que dificultam a obtenção de atendimento eficaz. A Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau) confirmou, em nota, que o paciente passou pela consulta e que uma nova consulta de retorno com prazo de 60 dias havia sido agendada no mesmo dia. O paciente foi aconselhado a monitorar a consulta pelo aplicativo “Meus SUS”, um sistema que visa facilitar a gestão dos agendamentos por parte dos usuários, mas que não parece estar cumprindo seu objetivo de forma satisfatória.

Paciente de Mucajaí relata dificuldade para acessar agendamento de consulta no Coronel Mota

A experiência vivida por esse morador retrata uma realidade que muitos brasileiros enfrentam ao buscar atendimento na saúde pública. As falhas na comunicação e a falta de integração entre os sistemas de agendamento e os canais de contato com os pacientes muitas vezes resultam em insegurança e desconfiança por parte da população. No caso específico de Mucajaí, o paciente não conseguiu obter resposta ao tentar fazer contato adicional com a Secretaria de Saúde, o que levanta questões importantes sobre a qualidade do atendimento ao cidadão.

Muitos pacientes acabam se sentindo desamparados em situações semelhantes, o que pode gerar uma série de consequências negativas. Quando um agendamento de retorno não é realizado de maneira eficaz, o paciente pode ficar sem acompanhamento necessário para seu tratamento, podendo agravar a sua condição de saúde.

Vale ressaltar que os serviços de saúde devem ser acessíveis a todos os cidadãos, e o relato deste morador de Mucajaí expõe a necessidade de um olhar mais atento às tecnologias atualmente utilizadas para o agendamento de consultas, bem como a importância de um auxílio mais humano e proativo por parte dos profissionais de saúde.

Além do impacto direto na saúde do paciente, essa situação pode gerar desgastes emocionais e psicológicos, prejudicando a qualidade de vida de quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS). É fundamental que o governo e os gestores em saúde avaliem as queixas dos usuários e busquem soluções que realmente funcionem. Um diagnóstico preciso dos problemas, aliado a ações efetivas, pode fazer uma enorme diferença na experiência de atendimento ao paciente.

O que a Secretaria de Saúde diz sobre a situação?

Em resposta ao relato do morador, a Secretaria de Saúde (Sesau) se posicionou afirmando que o atendimento ao paciente foi realizado e que o agendamento do retorno está dentro do prazo estipulado de 60 dias. A nota da Sesau destaca que a consulta estava lançada no sistema e que poderia ser monitorada pelo aplicativo “Meu SUS Digital”. No entanto, a realidade do usuário, que não conseguiu localizar sua consulta devido às limitações do sistema, nos leva a refletir sobre a eficácia da comunicação e o suporte oferecido aos cidadãos.

A disponibilização de contatos telefônicos, como (95) 98416-6166 e (95) 98412-8294, junto ao site da saúde de Roraima, é um passo positivo na busca de um atendimento mais próximo do usuário. Além disso, o acesso a informações nas unidades básicas de saúde é uma estratégia que pode melhorar a relação entre os cidadãos e o sistema de saúde, mas ainda é necessário que haja um compromisso genuíno para resolver as questões que afetam a experiência do paciente de forma eficaz.

A acessibilidade das informações é um aspecto chave para uma saúde pública eficiente. Os cidadãos precisam ser plenamente informados sobre seus direitos e as opções disponíveis para agendamentos. Isso envolve um compromisso interpretativo e educacional que, muitas vezes, não é suficientemente abordado nas políticas de saúde. Campanhas informativas e treinamentos direcionados para os profissionais que estão na linha de frente desses atendimentos poderiam ser implementados para aprimorar essa comunicação.

Com base nesse caso, surgem várias perguntas que muitos cidadãos podem ter:

Por que o sistema de agendamento não funciona para todos?
Os sistemas de agendamentos são formulados para atender uma demanda significativa, mas podem falhar na adaptação a contextos específicos, como o raio de 70 km mencionado. Essa questão precisa ser revista para abranger todos os cidadãos.

Como os cidadãos podem se proteger contra falhas no sistema?
Uma maneira é ter sempre em mãos todos os registros e comprovantes relacionados às consultas, além de fazer follow-ups regulares junto às unidades de saúde.

Quais recursos o paciente pode usar para obter mais informações sobre sua saúde?
Além do aplicativo Meus SUS, existe o telefone da Sesau e o site para consulta, assim como horários de atendimento em unidades de saúde.

O que pode ser feito frente a situações como essa?
É importante que os cidadãos denunciem esses casos, seja em redes sociais ou órgãos de controle, para que as autoridades de saúde possam tomar providências.

Quais são os direitos dos pacientes no SUS?
O SUS garante ao cidadão o direito de receber informações sobre seu estado de saúde, tratamento, e essa informação deve estar sempre acessível.

Como a comunicação entre as unidades de saúde e os pacientes pode ser melhorada?
Por meio de educação e suporte, com melhorias tecnologias que garantam a integração das informações, facilitando o agendamento e a comunicação.

Conclusão

O relato do paciente de Mucajaí sobre a dificuldade em acessar o agendamento de uma consulta na Policlínica Coronel Mota é um chamado à ação para todos os envolvidos na saúde pública. A adequação dos serviços e a acessibilidade da informação são fundamentais para que o Sistema Único de Saúde cumpra seu papel de atender as necessidades da população de forma eficaz. Para que isso aconteça, é necessário que os gestores de saúde se comprometam a identificar e resolver as falhas existentes, implementando soluções que verdadeiramente atendam às demandas da comunidade.

A experiência do cidadão é o termômetro da eficiência de um serviço público, e promover melhorias é uma responsabilidade coletiva que deve ser priorizada por todos os envolvidos. A história desse morador ressoa com a vivência de muitos brasileiros que buscam no SUS a saúde digna que todos merecem, e é essencial que essa busca seja facilitada e respeitada no dia a dia. Melhorar o acesso à saúde é um investimento no bem-estar da população e deve ser uma prioridade para todos nós.