Plataforma de Autoexclusão para bloquear sites de apostas e buscar apoio no SUS


A Plataforma Centralizada de Autoexclusão, inaugurada em 10 de outubro, surge como uma ferramenta crucial no combate ao vício em jogos de aposta. A iniciativa, promovida pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda em parceria com o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) de Saúde Mental, tem como objetivo oferecer um espaço seguro onde os usuários possam se autoexcluir de sites de apostas, promovendo assim um autocontrole mais efetivo. Além de permitir a exclusão, a plataforma oferece acesso a diversas informações e serviços da saúde pública, buscando apoiar aqueles que enfrentam problemas relacionados ao jogo.

Muitos brasileiros têm se aventurado no mundo das apostas online, e com isso, o aumento do jogo problemático se tornou evidente. A Plataforma de Autoexclusão é uma resposta direta a essa demanda, visando minimizar os danos causados pelo vício em apostas. Com opções de exclusão que variam de um mês a indeterminado, a plataforma é acessível e fácil de usar, exigindo apenas um login no Gov.br e a escolha do tempo e motivo da exclusão.

A importância dessa iniciativa é amplificada pela estrutura de suporte que vem junto com a plataforma. O acesso a informações sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Meu SUS Digital, bem como a Ouvidoria, torna o serviço mais abrangente. A ideia é que, ao se autoexcluírem, os usuários possam também encontrar a ajuda necessária para lidar com questões de saúde mental e os possíveis danos associados ao jogo.

Teleatendimento e Linha de Cuidado


A abordagem do Ministério da Saúde em relação a jogos de apostas vai além da autoexclusão. Com previsão de teleatendimentos em saúde mental a partir de 2026, em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, o foco se amplia. Serão disponibilizados 450 atendimentos online por mês, permitindo que pessoas que enfrentam dificuldades possam buscar ajuda sem a necessidade de deslocamento. Isso é particularmente importante em um país de dimensões continentais como o Brasil, onde muitos podem ter acesso limitado a serviços de saúde.

O projeto também inclui a criação de uma Linha de Cuidado específica para pessoas com problemas relacionados a jogos de apostas. Essa linha será uma via crucial para orientar e conduzir os usuários que precisem de suporte, garantindo que tenham acesso a informações clínicas relevantes. Além disso, essa iniciativa prevê tanto atendimentos presenciais quanto online, reduzindo barreiras que possam inibir a busca por ajuda.

A inclusão de profissionais de saúde mental capacitados na linha de cuidado é essencial para garantir que as orientações sejam eficazes e personalizadas. É fundamental que os atendimentos considerem a diversidade de situações que um jogador problemático pode enfrentar, seja por questões econômicas, familiares ou emocionais.

Investimento e alcance da rede

Nos últimos anos, o governo brasileiro tem demonstrado um compromisso crescente com a saúde mental, especialmente em relação a vícios e comportamentos compulsivos. Entre 2022 e 2025, observou-se um aumento significativo no investimento em saúde mental, subindo de 1,7 bilhões para 2,9 bilhões de reais — um incremento de 70%. Esse aumento não só reflete uma maior conscientização sobre o problema, mas também uma tentativa de buscar soluções efetivas para ameliorar a situação.


O sucinto crescimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que agora conta com 3 mil CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e 6.272 pontos de atenção em todo o Brasil, mostra um engajamento notável. O projeto prevê ainda 653 novas unidades que deverão estar habilitadas para oferecer suporte a essas questões até 2025.

Outro dado interessante é a ampliação de equipes multiprofissionais, que agora incluem 6,2 mil novas equipes para Unidades Básicas de Saúde (UBS), aumentando a capacidade do sistema público de atender casos relacionados a jogos e apostas. O SUS já registrou, de janeiro a junho de 2025, um total de 1.951 atendimentos especializados. Isso comprova que a busca por apoio está aumentando, o que é um passo positivo em direção à construção de uma sociedade mais saudável.

Plataforma de Autoexclusão para bloquear sites de apostas e buscar apoio no SUS

O uso da Plataforma de Autoexclusão é um passo importante para muitos que desejam se afastar do vício em jogos de apostas. No entanto, é essencial que as pessoas compreendam que o simples ato de se autoexcluir não resolve todos os problemas associados ao jogo. A plataforma deve ser vista como uma porta de entrada para um processo mais amplo de recuperação e apoio.

A autoexclusão unificada permite que o usuário se retire de vários sites simultaneamente, o que facilita a jornada de quem está tentando superar o vício. Além disso, essa ferramenta serve como um ponto de partida para buscar ajuda e orientação de profissionais da saúde mental.

Enviar pelo WhatsApp compartilhe no WhatsApp

Uma vez que a autoexclusão é registrada no sistema, envia uma mensagem clara de compromisso pessoal à recuperação. Mas é crucial que as pessoas também busquem outras formas de apoio, como o contato com equipes de saúde mental que podem ajudar a lidar com os aspectos emocionais e psicológicos do vício.

Dessa forma, a Plataforma de Autoexclusão para bloquear sites de apostas e buscar apoio no SUS não apenas empodera o indivíduo, mas também os conecta a uma rede de suporte que pode ser vital em sua jornada de recuperação.

Perguntas frequentes

A Plataforma de Autoexclusão permite que qualquer pessoa autoexclua-se de sites de apostas?
Sim, qualquer pessoa pode se registrar e solicitar a autoexclusão através da plataforma, que é acessível no endereço gov.br/autoexclusaoapostas.

Quais são os benefícios de se autoexcluir?
O principal benefício é o autocontrole ao evitar o acesso a sites de apostas. Além disso, a plataforma oferece informações e suporte do SUS, que pode ser crucial na recuperação.

Como funciona o acesso ao SUS através da plataforma?
Após a autoexclusão, o usuário pode consultar informações sobre o SUS, acessar serviços como o Meu SUS Digital e buscar apoio através de canais de atendimento disponíveis.

É possível reverter a autoexclusão depois de um período?
Sim, o usuário pode solicitar a reversão da autoexclusão após o período escolhido, caso sinta que está pronto para retomar o acesso aos sites de apostas.

Como o Ministério da Saúde pretende lidar com a questão da saúde mental relacionada a apostas?
O Ministério da Saúde planeja implementar teleatendimentos focados em saúde mental, além de estabelecer uma Linha de Cuidado específica para casos relacionados a jogos de apostas, oferecendo suporte presencial e online.

O que fazer se eu ou alguém que conheço estiver enfrentando problemas com jogos de apostas?
É importante buscar ajuda através da Plataforma de Autoexclusão, procurar serviços de saúde mental no SUS ou entrar em contato com especialistas que podem oferecer orientação e tratamento.

Conclusão

A criação da Plataforma Centralizada de Autoexclusão é um passo significativo no enfrentamento do vício em jogos de apostação no Brasil. Ao integrar a autoexclusão com serviços de saúde mental, o governo sinaliza um compromisso não apenas com a prevenção de danos, mas também com o apoio direto àqueles que sofrem por conta das apostas. O acesso a informações sobre o SUS e o suporte emocional disponível são componentes essenciais para uma abordagem holística que visa promover bem-estar e recuperação.

Portanto, se você ou alguém que você conhece estão enfrentando dificuldades nesse aspecto, não hesite em usar a plataforma e buscar os recursos disponíveis. Lembre-se: o primeiro passo pode ser o mais difícil, mas a jornada rumo à recuperação é sempre possível e, com apoio, pode ser muito mais eficaz.