Mato Grosso do Sul adota ações estratégicas para ampliar digitalização e eficiência do SUS


A digitalização da saúde é um tema cada vez mais relevante em um mundo que se transforma constantemente. No Brasil, essa tendência ganha força, especialmente em estados como Mato Grosso do Sul, onde ações estratégicas estão sendo adotadas para melhorar a eficiência do Sistema Único de Saúde (SUS). A federalização da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) representa um marco nesse processo, promovendo integração, transparência e um planejamento mais organizado. Vamos explorar como Mato Grosso do Sul está se preparando para esse cenário e quais os benefícios que podem advir dessa transformação digital.

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A federalização da RNDS é uma aposta significativa do governo federal, que visa a modernização do atendimento em todo o país. Para Mato Grosso do Sul, essa transformação possui uma importância especial. A integração de dados e processos é essencial para garantir que as informações dos cidadãos estejam acessíveis e organizadas, facilitando o cuidado à saúde.

Segundo a superintendente da saúde, Márcia Tomasi, a federalização é uma pauta que demanda cooperação e uniformização entre gestores. “Essa integração é crucial para garantir mais segurança e continuidade no cuidado”, disse ela. O alinhamento entre todas as esferas do SUS — municipal, estadual e federal — é um dos pilares para que essa mudança aconteça de forma efetiva.


A transformação digital não se resume apenas à adoção de novas tecnologias. Ela requer um planejamento minucioso e um esforço conjunto para que os processos sejam organizados e as informações sejam compartilhadas de maneira eficiente. Nesse sentido, o consultor técnico do DataSUS, Josélio Queiroz, ressaltou que a proposta de federalização “vai além da tecnologia; trata-se de organizar processos e garantir o envio de dados em tempo oportuno”. Essa celeridade na comunicação é vital, especialmente em momentos de emergência, pois pode salvar vidas.

Além disso, a centralização dos dados clínicos e administrativos, como feito pela RNDS, permite que profissionais da saúde acessem históricos de atendimento de forma ágil, evitando duplicidades e oferecendo um atendimento mais personalizado e eficaz. O acesso à interoperabilidade dos dados representa uma revolução na forma como o SUS opera, permitindo que os gestores construam políticas públicas estruturadas e que respondam de maneira rápida a situações emergenciais.

A secretária adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, enfatizou que a participação de Mato Grosso do Sul na agenda nacional é um comprometimento com a transformação digital. Para ela, “modernizar não é apenas adotar sistemas; é planejar, integrar e fortalecer a governança”. Dessa forma, quando o estado se alinha às diretrizes federais, os avanços tornam-se mais estruturados, e o cuidado ao cidadão se torna mais eficiente.

Como a digitalização afeta a saúde pública em Mato Grosso do Sul

Com a implementação das ações estratégicas para a digitalização, espera-se que a saúde pública em Mato Grosso do Sul experimente melhorias significativas. Em primeiro lugar, a centralização de dados deve resultar em um atendimento mais ágil e eficiente. Os profissionais da saúde terão acesso a informações mais completas e atualizadas, o que facilitará diagnósticos e tratamentos.


Além disso, a digitalização promove a transparência nas ações do SUS. Com registros mais organizados e acessíveis, o controle sobre os serviços prestados se torna mais eficaz. Isso significa que os cidadãos podem acompanhar a prestação de contas e a eficiência dos serviços de saúde, o que aumenta a confiança do público no sistema.

Outro aspecto importante é a capacidade de resposta em emergências. A digitalização e a integração dos dados possibilitam um planejamento mais eficiente, que se traduza em respostas mais rápidas em situações críticas. Isso é especialmente relevante em um país tão diverso e com desafios de saúde pública variados, como é o caso do Brasil.

Ademais, a RNDS, oficializada pelo Decreto nº 12.560, desempenha um papel crucial ao centralizar bilhões de registros clínicos e administrativos. Essa centralização não somente facilita o acesso, mas também representa uma oportunidade para a inovação e melhoria contínua nos processos de saúde.

Principais desafios na implementação da digitalização no SUS

Apesar dos benefícios claros, a implementação da digitalização na saúde pública enfrenta desafios significativos. A resistência à mudança é um dos principais obstáculos. Profissionais da saúde que estão acostumados a sistemas tradicionais podem encontrar dificuldades para se adaptar a novos processos e tecnologias.

Outro desafio é a capacitação dos profissionais. Para que a digitalização seja bem-sucedida, é crucial que os trabalhadores da saúde recebam treinamentos adequados, permitindo que compreendam e utilizem as novas ferramentas de forma eficaz.

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A infraestrutura também pode ser um ponto de estrangulamento. Em muitas regiões, especialmente nas mais remotas, a conexão à internet e o acesso a dispositivos tecnológicos são limitados. Essas barreiras precisam ser superadas para garantir que a digitalização beneficie a todos, independente da localização geográfica.

Mato Grosso do Sul adota ações estratégicas para ampliar digitalização e eficiência do SUS | Notícias de Campo Grande e MS: Conclusão

A digitalização do SUS em Mato Grosso do Sul é um movimento fundamental para modernizar o sistema de saúde e aprimorar o atendimento ao cidadão. A federalização da RNDS desempenha um papel chave nesse processo, promovendo integração, transparência e um planejamento mais eficiente. No entanto, os desafios existentes, como resistência à mudança e capacitação, precisam ser abordados com atenção para que a transformação digital seja plena e inclusiva.

Ao atuar proativamente na digitalização, o estado não só melhora o acesso aos dados de saúde, mas também se posiciona como um exemplo de inovação e compromisso com a qualidade do atendimento. A caminho de um futuro mais saudável, Mato Grosso do Sul caminha na direção certa, buscando um SUS mais eficiente, integrado e preparado para enfrentar os desafios do século XXI.

Perguntas Frequentes

Como a federalização da RNDS beneficiará os cidadãos em Mato Grosso do Sul?
A federalização da RNDS centraliza dados e informações, permitindo um atendimento mais rápido e organizado, contribuindo para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde.

Quais são os principais desafios da digitalização no SUS?
Os principais desafios incluem a resistência à mudança, a capacitação dos profissionais e a infraestrutura tecnológica, especialmente em áreas remotas.

Como a digitalização pode ajudar em situações de emergência?
A integração de dados permite que os gestores tenham acesso rápido às informações necessárias para uma resposta eficiente em situações críticas.

O que é a RNDS?
A RNDS é a Rede Nacional de Dados em Saúde, que centraliza registros clínicos e administrativos, facilitando o acesso e a troca de informações entre os profissionais de saúde.

Qual o papel da tecnologia na transformação do SUS?
A tecnologia permite uma organização mais eficiente dos dados, melhora a transparência e acelera o tempo de resposta dos serviços de saúde.

Como os profissionais de saúde são capacitados para essa mudança?
Os profissionais devem receber treinamentos específicos para se adaptarem às novas ferramentas e sistemas que serão implementados com a digitalização.

A digitalização é um processo apenas tecnológico?
Não, a digitalização requer planejamento, integração e fortalecimento da governança no sistema de saúde, além da adoção de novas tecnologias.

A digitalização do SUS em Mato Grosso do Sul é um esforço conjunto que, se bem-sucedido, poderá trazer melhorias significativas para a saúde pública no estado. A participação de gestores e profissionais de saúde na construção desse novo cenário é fundamental para alcançar os objetivos propostos, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso a um atendimento de qualidade.